“Em uma negociação de sucesso, todos ganham. O objetivo deveria ser o acordo, não a vitória”
Durante o decurso de uma semana, todos estão envolvidos em diversas situações que necessitam ser tratadas através de negociações; isto ocorre no trabalho, em casa e durante o lazer. Uma situação de conflito ou negociação ocorre quando há um conflito de interesses ou o que um deseja não é necessariamente o que o outro deseja e ambos preferem buscar soluções à desistir ou cessar o contato.
Geralmente, a maioria das negociações de sucesso põe-se a caminho de assumir colaborativa (integrativa) ou negociação “vencer-vencer”. A maioria dos bons negociadores irá tentar um “vencer-vencer” ou apontar uma situação em que ambos os lados sintam que venceram. Negociações tendem a ir muito melhor se ambos os lados perceberem que estão em uma situação “vencer-vencer” ou ambos os lados aproximam a negociação desejando “criar valores” ou satisfazer as suas necessidades e as do outro.
Nós iremos focar nos dois principais tipos de problemas: Colaborativo (integrativo) e Competitivo (distributivo).
Dos dois, o mais importante é o Colaborativo, pois a maioria das soluções de negociações e conflitos na sua vida pessoal e profissional será (ou deveria ser) desta natureza. Isto ocorre porque a maioria das soluções de negociações e conflitos envolve situações onde nós queremos ou necessitamos relacionamento em curso com a outra pessoa. Enquanto é importante desenvolver habilidades na barganha (por exemplo, quando comprando um carro) “competitiva”, ou habilidades que nos permitam satisfazer nossas preocupações enquanto ignorando os objetivos dos outros, esta aproximação tem muitas conseqüências negativas, tanto para nossa vida pessoal, como para a nossa carreira profissional, especialmente se temos um relacionamento em curso com a outra pessoa.
A chave para uma negociação de sucesso é mudar a situação para um “vencer-vencer”, mesmo que pareça uma situação “vencer-perder”. Quase todas as negociações têm ao menos alguns elementos de “vencer-vencer”. Negociações de sucesso freqüentemente dependem de achar os aspectos “vencer-vencer” em qualquer situação. Somente mude para o modo “vencer-perder” se todo o resto falhar.
Componente Racional X Emocional da Negociação
Todas as negociações envolvem dois níveis: o processo de tomada de uma decisão racional (substantivo) e o processo psicológico (emocional). O resultado da negociação deveria ser uma combinação de ambos. A maioria de nós entende a necessidade de ater-se aos aspectos substantivos ou racionais da negociação. Para muitos de nós são os aspectos psicológicos que são os mais difíceis.
É preciso enfatizar que muitas situações contêm elementos de ambas as negociações: distributiva e integrativa. Por exemplo, na negociação de preço com um cliente, em algum grau o seu interesse é oposto ao do cliente (você quer um preço mais alto; ele deseja um preço mais baixo), mas em algum grau seus interesses coincidem (você quer tanto seu cliente como você, ambos satisfeitos com os interesses de cada um - você quer ficar feliz; você quer que seu cliente fique feliz). A opção pode ser vista na tabela abaixo:
Negociação Integrativa ou “vencer-vencer”:
Algumas destas áreas serão exploradas abaixo.
Oriente-se para uma aproximação “vencer-vencer”: muitos estudos apóiam a visão de que o modo como você se aproxima de uma negociação vai desempenhar um papel chave em como a negociação vai prosseguir. Você tem muito mais chance de chegar a um resultado envolvendo ganhos mútuos se você se aproximar na negociação desejando alcançar este tipo de resultado. É crítico que seja constantemente reforçado o seu interesse nas preocupações do outro lado e a sua determinação de achar uma solução que traga satisfação mútua.
Planeje: pense no tempo à frente
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Preste Atenção em como flui a Negociação: Negociação é uma seqüência de eventos, não um incidente
- comece com uma aproximação positiva: tente estabelecer confiança mútua antes de iniciar; tente uma pequena concessão no início.
- preste pouca atenção às ofertas iniciais: estas são pontos de partida; elas tendem a ser extremas e idealistas; foque nos interesses da outra pessoa e seus próprios objetivos e princípios, enquanto você cria outras possibilidades.
Os Intangíveis: Outros Elementos que afetam a negociação
É importante comunicar-se com muito cuidado. Uma linguagem verbal e corporal sutil pode fazer a diferença nos progressos da negociação. Gaste mais tempo ouvindo do que falando e faça contato visual direto. Use a palavra “e” ao invés de “mas”. Isto ajuda a mandar sinal de que você está interessado na outra parte e está procurando campos comuns.
Intangíveis é freqüentemente o fator chave em muitas negociações. Algumas destas intangíveis são:
Comunicações: seja cuidadoso com o uso de telefone, e-mail, e outros veículos de comunicação não-visual. Uma falta de expressão facial, entonação de voz, e outras “deixas” podem resultar no colapso da negociação. Reiterar constantemente o seu interesse nas preocupações do outro lado e sua determinação de achar uma resolução mutuamente satisfatória.
Personalidades: seja consciente dos aspectos de sua personalidade e de suas próprias necessidades e estilo pessoal, assim como a personalidade da outra pessoa; estes fatores desempenharão um papel chave e entender a você mesmo também será um fator importante.
Sua própria personalidade e estilo: o quanto você confia na pessoa; o quão livre com emoções; quanto você deseja dissimular ou revelar;
Espaço físico: algumas vezes o lugar onde ocorre a negociação pode ser importante; estamos negociando em um espaço onde nos sentimos desconfortáveis e outro se sente confortável?
Interação passada:se há um histórico de resolução de conflito com essa pessoa, pensar a respeito deste histórico pode afetar a negociação que está por vir
Pressão do tempo: Pense se a pressão do tempo irá afetar a negociação e se você necessita mudar esta variável
Utilidades subjetivas: esteja consciente que pessoas valoram de forma muito diferente os elementos de uma negociação. Por exemplo, na negociação por um trabalho, você pode dar um valor mais alto à localização e relativamente baixo ao salário; é importante estar consciente de suas utilidades subjetivas e tente descobrir as utilidades subjetivas da outra pessoa; é difícil saber, em adiantada negociação ou mesmo durante as mesmas, o que um resultado particular vai significar para a outra parte. Descobrir o que é “valioso” é uma das partes chave da negociação.
Habilidades de boa comunicação são críticas apesar de ser fácil esquecê-las no “calor da discussão”.
Tente evitar: falar com a outra parte, focando no passado, ou culpando a outra pessoa.
Existem muitas vantagens em tentar mudar uma situação vencer/perder em uma vencer/vencer. Agora estaremos em uma situação onde a outra pessoa sequer deseja alcançar um “vencer-vencer” ou ao menos não percebe que é do seu interesse que se chegue a uma solução colaborativa. Nestas situações é necessário abrir linhas de comunicação, e tentar aumentar a confiança e cooperação.
Não é fácil mudar essa situação para um “vencer-vencer”, mas a seguinte lista traz algumas técnicas que você pode usar:
- reduza a tensão através do humor
- aumente a precisão da comunicação; ouça com muita atenção no meio do conflito; refaça os comentários do outro para ter certeza que os ouviu; espelhe-se nas visões do outro
- controle de assuntos: procure por formas de dividir um grande assunto em pequenos pedaços; despersonalize o conflito – separe os assuntos das pessoas
- estabeleça as coisas em comum: uma vez que o conflito tende a maximizar as diferenças percebidas e minimizar similaridades, procure por grandes objetivos comuns (nós estamos nisto juntos); encontre um inimigo comum; foque no que vocês têm em comum
- foque menos na sua posição e mais em um entendimento claro das necessidades do outro e descubra formas de ir adiante.
- faça uma proposta “aceitável”; refine sua demanda; reformule-a; repagine-a, deixe-a mais doce; enfatize os pontos positivos
- encontre um critério legítimo e objetivo para avaliar a solução
Alguns Truques que Negociadores Habilidosos usam
Nós constantemente “trade off” negociações. Um exemplo é quando uma negociação da união negocia grandes ganhos para um trabalho de segurança. Um importante ingrediente da negociação está assessorando os “trades-offs”. Em geral, nós começamos identificando a melhor e a pior possibilidade de resultado, e então especificar possibilidade de incrementos que as “trades-offs” podem refletir, e finalmente, considerar como os incrementos relacionam-se aos assuntos chave.
Quando revelar a sua posição: Isto depende da outra pessoa. Não é uma boa idéia revelar sua posição mínima se a outra pessoa precisa sentir que trabalhou duro para alcançá-la; a outra pessoa pode precisar sentir que trabalhou muito para mudar sua posição.
Caso de uma negociação de um workshop:
Nós tínhamos que vender um programa de treinamento para Sue, um membro de nossa firma de direito. Nós sabíamos que ela precisava comprar um programa e também que ela tinha rancor, era relutante em relação à nossa firma. Mary abusou muito de nós. Eu queria dar um soco nela, mas Chuck (meu parceiro) só sorriu e começou a aplicar alguns princípios padrão de negociação.
Primeiro, ele identificou nossos interesses de vender o programa por um preço decente e manter uma boa relação com Mary e sua firma de direito (focando nos interesses, não nas posições). Depois, ele ignorou completamente a personalidade detestável de Mary (separando as pessoas dos problemas). E ofereceu à Mary a venda do programa mais recente, com uma quebra de preço por uma rápida promoção (opções para ganho mútuo).
Mas a sua técnica mais efetiva foi o “jiu jitsu”. Quando a outra parte empurra, não empurre de volta.Quando atacarem, não contra-ataque; repense o ataque deles como um ataque aos problemas mútuos. Duas ferramentas são usadas: faça perguntas ao invés de fazer declarações, e responda com um longo silêncio quando sem razão. Chuck usou ambas as ferramentas, e nós completamos a venda e conseguimos um preço melhor que esperávamos.
Outras técnicas que você pode usar:
- “Alargando” a Torta: crie recursos adicionais para que ambos os lados possam alcançar seus principais objetivos
- Compensação não específica: um lado consegue o que quer e o outro é compensado em outro assunto.
- “Logrolling”: cada uma das partes faz concessões na sua baixa prioridade em troca de concessões em assuntos que possuem valor mais alto
- Corte de custos: uma parte consegue o que quer; os custos para o outro são reduzidos ou eliminados
- Construindo uma ponte: nenhuma das partes consegue suas demandas iniciais, mas é desenvolvida uma nova opção que satisfaz os interesses principais de ambos os lados.
E se eu quero “vencer” e não me importo com os interesses da outra pessoa ( negócio distributivo ou vencer-perder)
Nesta situação, a estratégia é diferente que em um negócio integrativo. Neste modo, um procura ganhar vantagem mediante dissimulação de informações, enganos ou por manipulação de ações. Obviamente, estes métodos tem sério potencial para conseqüências negativas. Agora, mesmo nesse tipo de negociação, ambos os lados devem sentir que no fim o resultado foi melhor do que o planejado e que vale a pena aceitar e apoiar.
O mais crítico nesse modo é apontar a faixa aberta e os pontos de resistência e aprender quais são os pontos de partida do outro, os seus pontos alvo e pontos de resistência. Tipicamente, o ponto de resistência (o ponto até onde a parte não irá) é normalmente desconhecido até tarde na negociação e é freqüentemente invejosamente dissimulado pela outra parte. Isto é o que você precisa saber.
O alcance entre os pontos de resistência é tipicamente o alcance da negociação; se o número é negativo, uma negociação de sucesso é normalmente impossível. Por exemplo, se você quer pagar até $3.000 e o vendedor baixaria até $2800, há uma margem positiva de $ 200 ou o alcance da negociação, caso o negociador seja habilidoso o suficiente para descobrir isso. O objetivo de um negócio competitivo é chegar ao acordo final o mais próximo possível do ponto de resistência da outra parte. As técnicas básicas abertas ao negociador para alcançar isso incluem:
- influenciar o que o outro crê que é possível (por exemplo um vendedor de carro dizendo à você que seu carro usado vale mais)
- aprenda o máximo possível a respeito da posição da outra pessoa, especialmente os pontos de resistência
- tente convencer o outro a mudar sua idéia a respeito de sua habilidade de alcançar seus objetivos
- promova seus próprios objetivos como desejáveis, necessários, éticos e até mesmo inevitáveis.
É ético “mentir ou blefar” em negociações?
A resposta para esta questão depende dos valores, da cultura do indivíduo, e da situação. O que pode ser aceitável no poker, provavelmente seria inaceitável na maioria das situações de negócios. O que pode ser aceitável no Cairo, pode não ser aceitável em Boston. Diferentes culturas e situações contêm “regras” inerentes a respeito do grau que é aceitável blefar ou dissimular.
No poker e na maioria das situações, não é esperado da pessoa que revele força ou intenções prematuramente. Mas, discrição não pode ser confundida com dissimulação. Em geral, na nossa cultura, nossas “regras” proíbem e deveriam penalizar a mentira ilícita, falsas reivindicações, suborno ao oponente, roubo de segredos, ou ameaça ao oponente. Enquanto pode haver uma tênue linha entre a legitimidade e a ilegitimidade envolvendo os fatos, há também uma linha distinguindo entre um cuidadoso planejamento de quando e como revelar os fatos versus a mentira ilícita.
Blefar, enquanto pode ser ético, envolve risco. Quem blefa perde credibilidade e isso pode sair do controle. Vale lembrar que a maioria das negociações são conduzidas por pessoas que manterão uma relação contínua. Novamente, enquanto a nossa cultura apóia e encoraja aqueles que são cuidadosos em como e quando abrem os fatos, a cultura estrangeira não perdoa a mentira ilícita.
Conselho final
“Seja incondicionalmente construtivo. Aproxime-se de uma negociação com isto- ‘eu aceito você como um companheiro igual de negócios; eu respeito seu direito de ser diferente; eu serei receptivo.’ Alguns criticam minha aproximação como sendo muito leve. Mas negociar com estes princípios é um sinal de força.” R. Fischer, Getting to yes.
- negocie sobre interesses, não sobre posições pré-determinadas;
- despersonalize o problema (separe a pessoa do problema);
- separe a definição do problema da busca pela solução;
- tente criar soluções alternativas; tente usar critérios objetivos o máximo possível;
- reflita nas suas negociações; aprenda com seus erros e acertos.
“Tenha paciência ilimitada. Nunca encurrale um oponente e sempre ajude outra pessoa a se salvar. Ponha-se no lugar da outra pessoa, assim poderá ver através de seus olhos. Evite ser o dono da verdade.” B. H. Liddell Hart, historiador.
Apêndice I: Alguns tipos de negociadores
O agressivo – negociador aberto perturba o outro lado com comentários sobre performances anteriores, ou algo que implique em diminuir o valor do oponente.
O “pausador” longo – ouve o outro lado, mas não responde imediatamente; aparenta destinar considerável pensamento, com longos períodos de silêncio; espera que o silêncio levará o outro lado a revelar a informação que precisa.
O negociador zombador – zomba e trata com desprezo as propostas de seu oponente para deixar o outro lado tão chateado que dirá algo do qual se arrependerá depois.
O interrogador – verifica todas as propostas procurando questões que irão implicar que o oponente não fez o seu “dever de casa”; desafia todas as respostas de maneira confrontante e pede ao oponente para explicar o que ele quer dizer.
O “dissimulador do razoável” – aparenta ser razoável enquanto faz demandas impossíveis com o propósito de ganhar a amizade e confiança dos outros.
Dividir e conquistar – produz discordância entre a oposição, então eles tem que prestar mais atenção a seus próprios desacordos internos do que aos desacordos com a oposição; alia-se com um membro da “equipe” e tenta colocar ele contra os outros membros da “equipe”.
O negociador “ato mudo” – finge ser particularmente denso fazendo oposição exasperada na esperança que ao menos um membro da “equipe” oponente revele informações enquanto ele tenta encontrar formas cada vez mais simples de descrever propostas, em que cada proposta foi elaborada e amplificada para que ninguém a consiga entender.
Apêndice 2 : 3 estilos: leve, duro e princípios de negociação
Lidando com Pessoas Difíceis
Agressivo Hostil
- Levante-se por você mesmo; use linguagem “self-assertive”
- dê a eles tempo para parar... evite uma confrontação direta
“Reclamões”
- ouça atentamente; seus sentimentos; evite reclamar com eles
- encare os fatos sem desculpas... use o modo de solução de problemas
“Pegajosos”
- continue perguntando questões abertas; seja paciente em esperar por uma resposta
- se não ocorrer resposta, fale-o qual seu plano, porque nenhuma discussão ocorreu
“ Concordam com tudo”
- de uma maneira não ameaçadora, trabalhe duro para descobrir porque eles não agem
- deixe-os saber que você os valoriza como pessoas
- esteja pronto para comprometer-se e negociar, e não permita que eles façam comprometimentos fora da realidade
- tente entender o significado oculto em seu humor
“negativistas”
- não se deixe levar pelo seu desespero... não tente tirá-los de seu negativismo
- discuta os problemas sem oferecer solução
- quando alternativas forem discutidas, traga os pontos negativos você mesmo
- esteja pronto para agir sozinho, sem a concordância deles.
“Sabe tudo”
- “Bulldozers” (“patrolas”): prepare-se; e repita os pontos principais dekes; questione para aumentar problemas
-“Balloons” (“balões”): estabeleça fatos ou opiniões como sua própria percepção de realidade; encontre uma forma de livrar os “balões”; confronto somente privadamente.
“Indecisos que não saem do lugar”
- Desenvolva o assunto de por que eles estão hesitantes... possivelmente removerá o indeciso da situação
- se você é o problema, peça ajuda... Mantenha os passos as ações nas suas próprias mãos
(de “Coping with Difficult People”, R.M. Bramson, Doubleday, 1981)
Exemplo de negociação
“Adjuster”(“mediador”): Nós estudamos o seu caso e com a nossa política você foi autorizado em $ 3,300
Tom: Entendo. Como vocês chegaram a isso?
A: Isso era quanto nós decidimos que o carro valia.
T: Entendo; que padrão você utilizou para determinar esse montante? Você sabe onde eu possa comprar um carro comparável a isto?
A: Quanto você está perguntando?
T: Tudo o que eu puder dentro da sua política. Eu achei um segundo carro igual ao meu por $3,850.
Adicionando descontos e excluindo taxas chegamos a aproximadamente $4,000
A: $4,000! Isto é muito!
T: Não estou pedindo $4,000, ou 3 ou 5; somente compensação justa. Você pensa que é justo que eu ganhe o suficiente para substituir meu carro?
A: OK, eu ofereço a você $3,500. Isto é o máximo que posso.
T: Como a companhia interpreta isso?
A: Olhe, $3,500 é tudo que pode conseguir. É pegar ou largar.
T: $3,500 pode ser justo. Eu não sei. Eu certamente entendo sua posição se você é limitado pela política da empresa, mas a menos que você possa estabelecer objetivamente porque chegou a esse montante, penso que farei melhor indo à justiça. Por que não estudamos o assunto e conversamos novamente.
A: OK,
T: Entendo. O que me diz da quilometragem?
A: Diz 49,000, por quê?
T: Porque o meu só tinha 25,000 milhas. Quanto isto acrescenta ao valor no seu livro?
A: Deixe-me ver, $150.
T: Assumindo os $3,400 como uma base possível, nos traz ao valor de $3550. O seu anúncio diz algo a respeito de rádio?
A: Não
T: Quanto mais no seu livro?
A: São $125.
T: E o ar condicionado?
30 minutos depois, Tom levou para casa um cheque de $4,100... de Fisher and Ury, “Getting to Yes”
Eficiência de Pareto
O objetivo das negociações é ser quanto mais “Pareto eficiente” quanto possível. Um resultado de “Pareto eficiente” é aquele em que não haveria outro acordo que levaria ambas as partes em melhor situação. Se existe um resultado que poderia deixar os outros em melhor situação, esta decisão alcançada não é “Pareto eficiente”. Explicado de outra forma, um acordo é “Pareto eficiente” quando uma das parte não poderia se sair melhor sem a outra parte se sair pior.
Considere o exemplo. Barry e Nancy vão sair para jantar. Barry adora de comida indiana e não pode comer comida chinesa. Nancy adora comida chinesa mas acha os pratos indianos muito apimentados. Existe uma vasta diversidade de possíveis soluções. Eles poderiam ir a um restaurante chinês ou indiano ou terem um enorme número de outras escolhas. Ambos gostam de comida italiana. Na realidade ambos preferem comida tailandesa ao invés de italiana.
É possível colocar todas as escolhas em um gráfico. De um lado estão as preferências de Barry. De outro, os valores de Nancy para cada preferência. Para Barry,a comida indiana tem o valor mais alto, tailandesa é a próxima, de pois a italiana e, por último, a chinesa. Para Nancy, comida chinesa é a preferida, seguida pela tailandesa, italiana e a indiana é a última.
Tanto Barry como Nancy preferem comida tailandesa À italiana. Neste caso dizemos que “Pareto” tailandesa domina a italiana. Uma decisão de ir a um restaurante tailandês resulta na melhor opção para ambos do que se fosse em um restaurante italiano. A escolha tailandesa também é “Pareto eficiente” porque a única escolha melhor para Barry (comida indiana) deixaria Nancy pior. Similarmente, a única decisão melhor para Nancy (comida chinesa) deixaria Barry pior.
Coletivamente, negociadores deixam “dinheiro na mesa” quando fazem um acordo “Pareto eficiente”. Negociadores devem usar como alvo acordos “Pareto eficiente”, achando todos os ganhos conjuntamente, e não deixando dinheiro na mesa.
Link: http://web.cba.neu.edu/~ewertheim/interper/negot3.htm
Fontes:
- Nierenberg, Gerard, Fundamentals of Negotiation James Ware and Louis B. Barnes, "Managing Interpersonal Conflict," HBR, 1978.
- Fisher, Roger and William Ury, Getting to Yes
- Lax, D. A. and J. K. Sebenius, The Manager as Negotiator, (New York: Free Press, 1986).
Integrantes do Grupo: Ana Paula Costa Loureiro, Gabriel Manzoli Rosat e Shara Shiva Steinke.
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